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Pesquisa descobre plástico em carnes embaladas à vácuo


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A nossa alimentação deve ter sempre uma atenção especial e integral, não apenas na escolha dos alimentos, mas também na maneira como ele é selecionado e embalado até chegar ao mercado. Uma pesquisa da Unicamp descobriu sinais de plástico em carnes embaladas à vácuo.

“É uma descoberta, um achado inovador, que faz com que a gente veja essas embalagens e também tenhamos a preocupação com relação aos alimentos de uma outra maneira”, explica o coordenador do Laboratório Innovare da Unicamp Rodrigo Catharino.

 

Os resíduos de plástico foram achados não só fora, como dentro da carne. E não saem mesmo quando se cozinha o alimento.

 

No teste, amostras de carne foram colocadas em um solvente. Depois, foram para um aparelho chamado espectrômetro. Ele revela, no computador, toda a composição do alimento. Foi aí que as substâncias plásticas apareceram. Agora são necessários mais estudos sobre o que elas causam na nossa saúde.

“Até o momento não temos dado toxicológico dessas substâncias. Precisa continuar a pesquisa para que a gente veja o que pode causar na população”, fala Catharino.

A carne comprada direto no açougue, em sacos mais soltos, também foi analisada e não apresentou contaminação por plástico. O pesquisador diz que ela pode ser uma opção. “O que a gente quer dar é a possibilidade de as pessoas terem escolhas”.

Os médicos pedem que as pessoas adotem uma atitude de precaução em relação às embalagens plásticas, principalmente porque já foram encontrados microplásticos em água engarrafada e até em fezes humanas.

A associação que representa a indústria de plásticos disse (Abiplast), em nota, que segue as normas da lei na fabricação de embalagens e no acondicionamento de alimentos e bebidas. Os fabricantes de plástico disseram ainda que os processos da Anvisa e da ABNT são dinâmicos e novos estudos são sempre discutidos. Mas que, até agora, não foi emitido qualquer alerta para a indústria ou população relacionado a protocolos nacionais de produtos embalados em plástico ou aos microplásticos. E que caso venha a ser feito, seguramente a indústria se adaptará às novas regulações.

A Abrafrigo, que representa os frigoríficos brasileiros, divulgou o estudo da Unicamp entre os seus associados para que eles fiquem atentos à pesquisa e verifiquem junto aos fornecedores de embalagens à vácuo, possíveis soluções para o problema.



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